O projeto para o edifício sede de empresa em Nova Lima conta com 12 pavimentos, sendo 6 destinados a escritórios, 4 para estacionamento, 1 para pilotis e 1 pavimento técnico.
A hierarquização funcional do projeto reflete na forma do edifício, tornando clara a leitura de seus ambientes e adicionando simbologia à sua imagem: a base, fechada em granito flameado, é o volume formado pelos pavimentos de estacionamento. O volume que abriga os escritórios tem três de suas faces envidraçadas e é destacado por superfícies envidraçadas recuadas e revestidas com venezianas em alumínio. Duas destas faces estão voltadas para a rua, aproveitando a orientação sul que é mais adequada a grandes aberturas de iluminação natural. A terceira face está voltada para o monumental átrio de entrada do edifício, à sua direita.
As áreas recuadas em brise são, respectivamente: o plano externo do átrio central; o pilotis (primeiro pavimento após o volume destinado ao estacionamento); o pavimento técnico (último pavimento); uma área no fundo de cada pavimento que se destina à circulação vertical e áreas de apoio.
O átrio de entrada tem início no 1º pavimento e fim no 12º, e é visto a partir de uma das laterais de cada pavimento de escritórios e dos halls de elevadores sociais. Sua fachada lateral direita, de orientação noroeste, não possui aberturas, significando que ele é iluminado apenas pelo grande plano em vidro venezianado, voltada para a rua. No seu 1º pavimento é feito o controle de entrada ao edifício, para pedestres e para carros, um ao lado do outro.
A parceria profissional da B&L com a Belgo Bekaert representou para o escritório um desafio inédito: transformar a tradicional aridez do ambiente fabril num espaço propício ao convívio produtivo e à promoção da qualidade do trabalho humano. Na sede de Betim-MG, a demanda principal apontava para a necessidade de se criar um ambiente mais confortável para os funcionários e, ao mesmo tempo, receptivo aos clientes e visitantes da usina. O projeto incluiu a construção de um portal de recepção, uma galeria de exposição dos produtos da empresa, intervenções no sistema de iluminação central e na sinalização dos fluxos internos, de forma a humanizar o ambiente no cotidiano do trabalho e propiciar melhor acolhimento aos parceiros e fornecedores da empresa.
A Biblioteca Pública Estadual Professor Francisco Iglésias, também conhecida como Anexo da Biblioteca Pública, estava interditada há 16 anos, em razão de problemas estruturais. Sua demolição dependia apenas de um parecer do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.
A então presidente do IEPHA/MG, Jurema de Souza Machado, entendendo que a demolição poderia ser evitada, sugeriu que o prédio fosse doado à Secretária de Educação, passando a servir como anexo da Biblioteca Pública Estadual. E lançou o desafio de sanar os problemas estruturais com um projeto harmonizado ao conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade e, ao mesmo tempo, atento aos limites de um orçamento que inviabilizava mudanças profundas.